sábado, 22 de outubro de 2011

Ciúmes

Por vezes é falta de sexo...
Noutras ausência de nexo
Doutras é muito complexo
Dói uma estupidez aos dois

Do portador ao receptor
É doença pior que câncer
Porque corrói e destrói a alma...
Bagunça tudo e te tira a calma
Mata por dentro, ao lado, lá fora
O ciúme é irmão gêmeo da inveja

Se esconde no pecado da soberba
Todos os parentescos da arrogância
Pouca dosagem é tempero do amor
Está no masculino e no feminino
Pelo que se sabe não se encontra
Nos estados vegetais e minerais
Ninguém está livre desse mal...
Mas ao se instalar é temporal

Troveja! Lampeja! Braveja!
Invade o outro...fraqueza!
Ultraja à sua privacidade
Estupra à tua consciência
Só se percebe num relance
No lance sutil ou passional

E faz estragos à cabeça!
Quando aparece depressa
Ou até mesmo sem pressa...
Não se descobriu a vacina
A não ser o culto da auto-estima!

Deveriam se criar grupos de ajuda
Para este tipo de paciente indolente
Que perambula por aí demente
Fazendo tanto mal pra si e pra gente...
Ensinar ao relapso a confiança no taco

Haja tolerância...paciência...clemência

Para suportar a inchação do saco

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